Entre as atividades do cobrador esta a limpeza e conservação do interior do coletivo.
É inacreditável o que se varre de dentro do ônibus no final da jornada. O que era pra ser somente terra, porque é claro que é inevitável que esta venha nos calçados dos passageiros, vergonhosamente varre-se papéis de bala, cascas e sobras de frutas, copos descartáveis, sacos de salgadinhos, sacolas, etiquetas de roupas, embalagens de picolé e sorvete, latas de cerveja e refrigerantes dentre outras imundícies; isso quando não são arremessadas pela janela em plena via pública.
Onde estão a educação, os bons costumes???
Todos os coletivos são portadores de duas lixeiras, uma em cada porta. Não podemos e nem devemos criar garabulhos no trabalho, porém é peremptório que ao vermos tais ações que seja feita a ilidição para, pelo menos tentar inibi-las.
Quando vejo algum passageiro largar lixo no chão levanto-me do meu lugar e simplesmente com o olhar esfíngico e reprovador, sem uma palavra, junto o lixo e levo até a lixeira, esses como resposta dirigem outro olhar vulpino e apático mas com certeza envergonhados. Talvez aprendam os bons costumes sendo tolhidos desta forma, que, com parlengas não seria passada a ideia.
Uma colega me contou que certa vez uma senhora utilizou uma sacola plástica para que seu filho vomitasse pois este estava passando mal, algo comum em crianças dentro do ônibus, louvável, perfeito,pior se fosse no chão e/ou demais assentos. Porém ao levantar-se a senhora deixa a sacola com todo seu conteúdo amarrada no banco, a colega a interpela e indaga se ela irá mesmo deixar a sacola ali. A senhora pega e direciona-se a porta de saída e ainda cogita a hipótese de colocar na lixeira do ônibus, no que a colega novamente se dirige a ela e solicita que leve a sacola e a descarte em outro local.
Onde estão a noção das coisas; o bom senso das pessoas??
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Lei 1390/51 X Lei 10741/03
À nossa sociedade urge o respeito ao semelhante... mas a vida real... ah! a vida real!...
Um colega me relatou este acontecimento que boquiaberto, atoleimado, indignado eu a transcrevo;
Motorista pára o coletivo no corredor de ônibus em frente ao Hospital de Pronto Socorro, após subir todos os passageiros o cobrador o avisa para que feche a porta para que siga a viagem. Este não arranca e observa "algo" pelo retrovisor; devido a demora, isto chama a atenção do cobrador e dos demais passageiros.
O motivo pelo qual ele esperava era uma senhorinha idosa, mancando, ostomizada e visivelmente debilitada que havia feito sinal ao ônibus.
Louvável.
Uma senhora que estava para transpor a roleta percebendo o ato elogia o motorista e tece o comentário de que é difícil isso acontecer...
Ao chegar à porta a senhorinha põe o primeiro pé no degrau e olha para o motorista com o rosto cansado e o olhar vulpino...
No coletivo silêncio e sorrisos, esperando, claro, no mínimo, pelo agradecimento da parte da senhora.
Pasmem!
Olhando para o motorista ela profere o seguinte impropério: "_Ah não!, com negro eu não viajo!" E desce novamente.
Indignados os demais passageiros lhe dirigem todos os tipos de chingamentos, mas a infeliz nem lhes dá atenção.
O motorista, Roger, profissional competente e soberano em um gesto aparatoso simplesmente fecha a porta e segue viagem.
Indagado por sua reação ele só responde:
"_Pobrezinha, é digna de pena, deve ser por isso que esta nesta situação!"
ESTATUTO DO IDOSO- Lei 10741/03
LEI AFONSO ARINOS(preconceito racial)- Lei 1390/51
Um colega me relatou este acontecimento que boquiaberto, atoleimado, indignado eu a transcrevo;
Motorista pára o coletivo no corredor de ônibus em frente ao Hospital de Pronto Socorro, após subir todos os passageiros o cobrador o avisa para que feche a porta para que siga a viagem. Este não arranca e observa "algo" pelo retrovisor; devido a demora, isto chama a atenção do cobrador e dos demais passageiros.
O motivo pelo qual ele esperava era uma senhorinha idosa, mancando, ostomizada e visivelmente debilitada que havia feito sinal ao ônibus.
Louvável.
Uma senhora que estava para transpor a roleta percebendo o ato elogia o motorista e tece o comentário de que é difícil isso acontecer...
Ao chegar à porta a senhorinha põe o primeiro pé no degrau e olha para o motorista com o rosto cansado e o olhar vulpino...
No coletivo silêncio e sorrisos, esperando, claro, no mínimo, pelo agradecimento da parte da senhora.
Pasmem!
Olhando para o motorista ela profere o seguinte impropério: "_Ah não!, com negro eu não viajo!" E desce novamente.
Indignados os demais passageiros lhe dirigem todos os tipos de chingamentos, mas a infeliz nem lhes dá atenção.
O motorista, Roger, profissional competente e soberano em um gesto aparatoso simplesmente fecha a porta e segue viagem.
Indagado por sua reação ele só responde:
"_Pobrezinha, é digna de pena, deve ser por isso que esta nesta situação!"
ESTATUTO DO IDOSO- Lei 10741/03
LEI AFONSO ARINOS(preconceito racial)- Lei 1390/51
domingo, 28 de novembro de 2010
Trágico se não fosse cômico
A diversidade pode salvar de situações que em outras circunstâncias seriam embaraçosas.
Essa, um colega assumidamente homossexual, completamente discreto me contou e é digna de boas risadas...
Na função de cobrador devemos estar sempre atentos a tudo que se passa no interior do coletivo e também auxiliar o motorista no embarque e desembarque de passageiros, consequentemente olhamos o tempo todo em direção as portas e claro aos passageiros na linha de visão.
Pois bem.
Meu amigo conta que ao olhar para a porta traseira e passar o olhar por uma senhora que estava sentada dois assentos após a roleta esta profere a seguinte frase:
“_Quer fazer o favor de parar de olhar para ‘os peito’ da minha filha!”
Em primeira impressão ele nem deu atenção pois nem imaginava que fosse pra ele. Porém a senhora insiste e ainda aponta o dedo chamando-o de tarado. O colega pasmo, não se conteve:
“_A senhora falou comigo?”
“_Claro, seu tarado, tu não pára de olha pra minha filha..”
Ele continua:
“_Primeiro; se sua filha não quisesse que a senhora passasse por essa situação, dava-se o devido respeito e não andava deste jeito na rua... Segundo; não olhei pra sua filha porque ela não tá com essa ‘bola toda’ e nem me chamou a atenção... E terceiro; eu não olhei pra sua filha porque eu não gosto de mulher!!”
Diz ele que a senhora emudeceu, sua filha enrubesceu e os demais divertiram-se rindo da situação...
Essa, um colega assumidamente homossexual, completamente discreto me contou e é digna de boas risadas...
Na função de cobrador devemos estar sempre atentos a tudo que se passa no interior do coletivo e também auxiliar o motorista no embarque e desembarque de passageiros, consequentemente olhamos o tempo todo em direção as portas e claro aos passageiros na linha de visão.
Pois bem.
Meu amigo conta que ao olhar para a porta traseira e passar o olhar por uma senhora que estava sentada dois assentos após a roleta esta profere a seguinte frase:
“_Quer fazer o favor de parar de olhar para ‘os peito’ da minha filha!”
Em primeira impressão ele nem deu atenção pois nem imaginava que fosse pra ele. Porém a senhora insiste e ainda aponta o dedo chamando-o de tarado. O colega pasmo, não se conteve:
“_A senhora falou comigo?”
“_Claro, seu tarado, tu não pára de olha pra minha filha..”
Ele continua:
“_Primeiro; se sua filha não quisesse que a senhora passasse por essa situação, dava-se o devido respeito e não andava deste jeito na rua... Segundo; não olhei pra sua filha porque ela não tá com essa ‘bola toda’ e nem me chamou a atenção... E terceiro; eu não olhei pra sua filha porque eu não gosto de mulher!!”
Diz ele que a senhora emudeceu, sua filha enrubesceu e os demais divertiram-se rindo da situação...
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Eu me apavoro!!...
Há pais completamente alheios ao siso moral e consequentemente incapazes de passar bons costumes e normas de conduta em sociedade a seus filhos, gerando muitas vezes constrangimentos a estes.
Outro dia um pai enoooooorme de gordo prensa sua filha de aproximadamente 10 anos na catraca para passarem juntos. Não me contive. Foi muito expontâneo. E acabei proferindo: _Prefere quase "matar" a criança a pagar duas tarifas...
E este me responde: "_E daí, a filha é minha!"
Na mesma linha estão aqueles que descuidados levantam as crianças como se fossem arremessar um peso em competição e batem com a cabeça delas no balaustre no teto do coletivo para passarem-as por cima da roleta.
Um colega me contou que em um final de tarde com o carro completamente lotado, subiu uma senhora junto com supostamente duas consanguineas de mais ou menos 10 e 12 anos respectivamente e entrega-lhe R$10,00, este desconta duas tarifas já supondo que as meninas passariam juntas a roleta no que surpreende-se com a indignação da senhora dizendo que as meninas passariam por baixo. O colega explica-lhe que seria impossível pela idade e tamanho das crianças e que não permitiria. Ainda irada a senhora se nega a passar a roleta e desce pela porta dianteira, e , claro no mesmo momento o colega registra na catraca as DUAS tarifas.
Ainda na questão bons costumes estão os pais que se negam ceder o assento a idosos e/ou outro passageiro necessitado alegando ter pago a tarifa do filho. Será que eles não pretendem chegar à velhice? E o pior: que educação terá essa criança?
Outro dia um pai enoooooorme de gordo prensa sua filha de aproximadamente 10 anos na catraca para passarem juntos. Não me contive. Foi muito expontâneo. E acabei proferindo: _Prefere quase "matar" a criança a pagar duas tarifas...
E este me responde: "_E daí, a filha é minha!"
Na mesma linha estão aqueles que descuidados levantam as crianças como se fossem arremessar um peso em competição e batem com a cabeça delas no balaustre no teto do coletivo para passarem-as por cima da roleta.
Um colega me contou que em um final de tarde com o carro completamente lotado, subiu uma senhora junto com supostamente duas consanguineas de mais ou menos 10 e 12 anos respectivamente e entrega-lhe R$10,00, este desconta duas tarifas já supondo que as meninas passariam juntas a roleta no que surpreende-se com a indignação da senhora dizendo que as meninas passariam por baixo. O colega explica-lhe que seria impossível pela idade e tamanho das crianças e que não permitiria. Ainda irada a senhora se nega a passar a roleta e desce pela porta dianteira, e , claro no mesmo momento o colega registra na catraca as DUAS tarifas.
Ainda na questão bons costumes estão os pais que se negam ceder o assento a idosos e/ou outro passageiro necessitado alegando ter pago a tarifa do filho. Será que eles não pretendem chegar à velhice? E o pior: que educação terá essa criança?
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Esqueceram de mim
Os pais desatentos adoram me presentear com suas presepadas...
Dia quente. Carro lotado.
O motorista encosta o ônibus na parada, sobe uns, desce outros... No momento que dá partida novamente no coletivo, já com as portas fechadas ouve-se uma gritaria do lado de fora e uma senhora correndo atrás do ônibus;, Assustado, o motorista pára novamente e abre a porta dianteira e ela sobe esbaforida e começa a gritar:
“_Creiton! Creiton! Creiton!”
Neste momento olho para os passageiros e um menino de aproximadamente 8 anos, ferrado no sono, suando, de boca aberta é acordado por outra senhora batendo no vidro pelo lado de fora.
“_Creiton, tu não vai desce guri? Anda bocaberta!”
Quando o menino consegue descer a mãe tasca-lhe um cascudo e diz: “_Tu não viu que era nossa parada bocaberta?”
Quem seria mesmo “bocaberta”, a criança ou a mãe relapsa?
Outra vez estávamos no terminal bairro e depois que embarcou toda a fila e todos acomodaram-se uma senhora com cinco crianças de 3 a 11 aparentemente, começa a contar os filhos, isso mesmo, contar, um, dois, três, quatro, cinco, ..., um, dois, três, quatro, cinco, - fecha o cenho. Pausa. Grita: “_Cadê a Cláudia?”
Detalhe: Já havíamos saído do terminal e passado uma três paradas...
Ela continua gritando: “_Pára moço, pára!...Nós esquecemos a Cláudia... onde ela tava?... pára moço!nós vamo desce!!”
Oxalá tenham encontrado a Cláudia sã e salva...
Cuidando o desembarque na porta traseira. Quando não há mais ninguém pra descer aviso o motorista que feche a porta e continue. Pois bem, foi o que fiz após descer uma moça completamente despreocupada, tanto que segue caminhando tranquilamente. Quando o motorista arranca o carro, já com a porta fechada uma menininha grita: “_Mãe... mãe...” e já põe-se a chorar.
Após alguns segundos(que acredito que para uma criança esquecida seja uma eternidade)a mãe se lembra e olha para o ônibus e pega a menina que aos prantos descia os degraus da porta de saída.
E Macaulay Culkin achava ruim ser esquecido em Nova Yorque com todas as mordomias...
Dia quente. Carro lotado.
O motorista encosta o ônibus na parada, sobe uns, desce outros... No momento que dá partida novamente no coletivo, já com as portas fechadas ouve-se uma gritaria do lado de fora e uma senhora correndo atrás do ônibus;, Assustado, o motorista pára novamente e abre a porta dianteira e ela sobe esbaforida e começa a gritar:
“_Creiton! Creiton! Creiton!”
Neste momento olho para os passageiros e um menino de aproximadamente 8 anos, ferrado no sono, suando, de boca aberta é acordado por outra senhora batendo no vidro pelo lado de fora.
“_Creiton, tu não vai desce guri? Anda bocaberta!”
Quando o menino consegue descer a mãe tasca-lhe um cascudo e diz: “_Tu não viu que era nossa parada bocaberta?”
Quem seria mesmo “bocaberta”, a criança ou a mãe relapsa?
Outra vez estávamos no terminal bairro e depois que embarcou toda a fila e todos acomodaram-se uma senhora com cinco crianças de 3 a 11 aparentemente, começa a contar os filhos, isso mesmo, contar, um, dois, três, quatro, cinco, ..., um, dois, três, quatro, cinco, - fecha o cenho. Pausa. Grita: “_Cadê a Cláudia?”
Detalhe: Já havíamos saído do terminal e passado uma três paradas...
Ela continua gritando: “_Pára moço, pára!...Nós esquecemos a Cláudia... onde ela tava?... pára moço!nós vamo desce!!”
Oxalá tenham encontrado a Cláudia sã e salva...
Cuidando o desembarque na porta traseira. Quando não há mais ninguém pra descer aviso o motorista que feche a porta e continue. Pois bem, foi o que fiz após descer uma moça completamente despreocupada, tanto que segue caminhando tranquilamente. Quando o motorista arranca o carro, já com a porta fechada uma menininha grita: “_Mãe... mãe...” e já põe-se a chorar.
Após alguns segundos(que acredito que para uma criança esquecida seja uma eternidade)a mãe se lembra e olha para o ônibus e pega a menina que aos prantos descia os degraus da porta de saída.
E Macaulay Culkin achava ruim ser esquecido em Nova Yorque com todas as mordomias...
Idílio
Nosso cotidiano é tão rico de histórias, aprendizados, lições, basta estar atento a todos e todas as situações a volta.
Achei essa cena por demais interessante, na verdade, tocante, e a relato aqui...
Três idosos embarcaram no ônibus, um casal e uma amiga, identificam e sentam-se nos assentos dianteiros, as senhoras juntas em um lado do corredor e o senhor- Alfredo- no assento solitário em frente a porta dianteira.
Uma das senhoras, a esposa do seu Alfredo, pega uma bala na bolsa e oferece a amiga, logo após procura por outra dizendo saber que tem mais uma. O Sr. Alfredo está completamente alheio a cena e nem ouve as senhoras... Quando sua esposa abre a bala e vai pô-la na boca ele estende a mão e pede uma também, como não havia outra a senhora alcança a que tem na mão, ele pergunta se tem mais e se não houvesse que não precisava, porém ela fez questão que ele ficasse com a bala e que não havia oferecido devido sua diabetes. Por incrível que pareça era visível o desejo da senhora por aquela bala e mesmo assim abriu mão para dar ao esposo.
Pra alguns seria algo banal, sem importância. Pra mim não! Eu pude ver e sentir naquele gesto tão simples o verdadeiro amor...
Achei essa cena por demais interessante, na verdade, tocante, e a relato aqui...
Três idosos embarcaram no ônibus, um casal e uma amiga, identificam e sentam-se nos assentos dianteiros, as senhoras juntas em um lado do corredor e o senhor- Alfredo- no assento solitário em frente a porta dianteira.
Uma das senhoras, a esposa do seu Alfredo, pega uma bala na bolsa e oferece a amiga, logo após procura por outra dizendo saber que tem mais uma. O Sr. Alfredo está completamente alheio a cena e nem ouve as senhoras... Quando sua esposa abre a bala e vai pô-la na boca ele estende a mão e pede uma também, como não havia outra a senhora alcança a que tem na mão, ele pergunta se tem mais e se não houvesse que não precisava, porém ela fez questão que ele ficasse com a bala e que não havia oferecido devido sua diabetes. Por incrível que pareça era visível o desejo da senhora por aquela bala e mesmo assim abriu mão para dar ao esposo.
Pra alguns seria algo banal, sem importância. Pra mim não! Eu pude ver e sentir naquele gesto tão simples o verdadeiro amor...
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Interpretações
Assim como as palavras podem gerar interpretações diversas, o olhar também fala por si e pode também haver interpretações BEM equivocadas.
Como cobrador há vários anos e, claro, conhecemos todos os tipos de situações dentro do coletivo, como por exemplo, uma criança que está em pé em cima do banco e que inevitavelmente vai cair na próxima curva, um idoso desatento a necessidade de uma parada/freada súbita, um passageiro que acha que só o fato de chegar a porta, o motorista tem que adivinhar que ele vai descer e até mesmo um assaltante e/ou assaltados em potencial. Bem, passo o tempo todo olhando, observando, cuidando, olhando de novo, observando de novo um por um, cada passageiro e tenho convicção que com isso já evitei/inibi vários roubos.
Porém várias saias-justas me aconteceram: Um marido alterado me perguntando que tanto que eu olhava para sua esposa e pergunta se eu estava querendo apanhar, outro namorado com o mesmo pensamento, que se observasse com atenção veria que é dispensado o mesmo tempo de "análise" a todos os demais passageiros, uma moça, que, degenerada, me enche de "elogios" e sai com aquele velho impropério: "_por acaso eu to cagada??"... Engraçado mesmo foi a vez que um rapaz sentado próximo a roleta me encara com o senho fechado e carrancudo me mostrando a aliança e diz: "_sou macho ó!!"
É amigo leitor... É preciso saber usar as palavras certas e concomitantemente o olhar "certo" também e ser muito bom no circunlóquio.
Como cobrador há vários anos e, claro, conhecemos todos os tipos de situações dentro do coletivo, como por exemplo, uma criança que está em pé em cima do banco e que inevitavelmente vai cair na próxima curva, um idoso desatento a necessidade de uma parada/freada súbita, um passageiro que acha que só o fato de chegar a porta, o motorista tem que adivinhar que ele vai descer e até mesmo um assaltante e/ou assaltados em potencial. Bem, passo o tempo todo olhando, observando, cuidando, olhando de novo, observando de novo um por um, cada passageiro e tenho convicção que com isso já evitei/inibi vários roubos.
Porém várias saias-justas me aconteceram: Um marido alterado me perguntando que tanto que eu olhava para sua esposa e pergunta se eu estava querendo apanhar, outro namorado com o mesmo pensamento, que se observasse com atenção veria que é dispensado o mesmo tempo de "análise" a todos os demais passageiros, uma moça, que, degenerada, me enche de "elogios" e sai com aquele velho impropério: "_por acaso eu to cagada??"... Engraçado mesmo foi a vez que um rapaz sentado próximo a roleta me encara com o senho fechado e carrancudo me mostrando a aliança e diz: "_sou macho ó!!"
É amigo leitor... É preciso saber usar as palavras certas e concomitantemente o olhar "certo" também e ser muito bom no circunlóquio.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Erro de leitura
Os olhos são com certeza as janelas da alma e por sua vez falam mais que palavras.
***
No ponto em frente a escola sobem três jovens, um casal e uma amiga. Os três conversam frivolidades, as moças sentam-se no assento ao lado da roleta, o rapaz fica em pé de mão dada com sua namorada que esta sentada no lado do corredor, o assunto continua. Concomitantemente o rapaz e a amiga conversam apenas com os olhos, perceptivelmente, enfastiados com aquela conversa.
O assunto continua. A conversa com os olhos idem.
Levantam-se para passar a roleta, a namorada é a primeira a passar e segue direto a um assento no meio do ônibus, os outros dois ficam à roleta e aquela conversa com os olhos verbaliza-se em uma frase:"_Ela desce primeiro!" diz o rapaz
A amiga só concorda com a cabeça.
Não entendi nada.
A outra moça percebendo a "parada" pergunta o que houve e o rapaz responde:
"_Deu erro de leitura no cartão da Carla."
...
Não deu erro! Eu mesmo liberei a catraca!
Não entendi nada.
Desta vez o rapaz senta com sua namorada e Carla senta-se no assento do outro lado do corredor.
Logo adiante a moça beija seu namorado calorosamente, despede-se da amiga e desce.
Antes de chegarmos no próximo ponto Carla passa para o lado do rapaz e o beija igualmente c a l o r o s a m e n t e, sussurram algo, sorriem, mais beijos ignescentes sem o menor constrangimento.
Entendi tudo.
Carla desce.
O rapaz atende o telefone. Quem será?
Ele desceu...
Nelson Rodrigues adoraria!!!
***
No ponto em frente a escola sobem três jovens, um casal e uma amiga. Os três conversam frivolidades, as moças sentam-se no assento ao lado da roleta, o rapaz fica em pé de mão dada com sua namorada que esta sentada no lado do corredor, o assunto continua. Concomitantemente o rapaz e a amiga conversam apenas com os olhos, perceptivelmente, enfastiados com aquela conversa.
O assunto continua. A conversa com os olhos idem.
Levantam-se para passar a roleta, a namorada é a primeira a passar e segue direto a um assento no meio do ônibus, os outros dois ficam à roleta e aquela conversa com os olhos verbaliza-se em uma frase:"_Ela desce primeiro!" diz o rapaz
A amiga só concorda com a cabeça.
Não entendi nada.
A outra moça percebendo a "parada" pergunta o que houve e o rapaz responde:
"_Deu erro de leitura no cartão da Carla."
...
Não deu erro! Eu mesmo liberei a catraca!
Não entendi nada.
Desta vez o rapaz senta com sua namorada e Carla senta-se no assento do outro lado do corredor.
Logo adiante a moça beija seu namorado calorosamente, despede-se da amiga e desce.
Antes de chegarmos no próximo ponto Carla passa para o lado do rapaz e o beija igualmente c a l o r o s a m e n t e, sussurram algo, sorriem, mais beijos ignescentes sem o menor constrangimento.
Entendi tudo.
Carla desce.
O rapaz atende o telefone. Quem será?
Ele desceu...
Nelson Rodrigues adoraria!!!
Desorientado
Não consigo entender como um grande número de pessoas consegue viver completamente alienadas, sem noção...Há diálogos que parecem piadas e beiram e sandice.
Esta semana um rapaz meio alterado chega até a mim e diz - afirmando - (não é uma pergunta)
"_Já passou!"
Passou o que senhor?
"_Já passou minha parada... eu acho!" Olhando pra fora em todas as direções com os olhos assustadoramente esbugalhados.
_E onde o senhor tem que descer?
"_Numa parada..."
_Sim, mas onde?
"_Numa parada que tem uma 'estauta' atrás"
_Onde o senhor quer ir? Tem uma referência?
"_É uma rua que sobe e eu dobro e vou até o mercado do seu Hélio, tenho que fazer um serviço lá."
_O senhor sabe o nome da rua?
Ele continua a procurar e os olhos dão a impressão que irão saltar a qualquer momento.
"_Quando eu desço a escadinha da praça eu passo no 'méquidonis' e na rua de trás é o mercado do seu Hélio, aquele com a parede verde e as 'letra' vermelha"
Resumindo, ele foi até o final da linha sem que chegassemos num consenso. Voltamos.
Pois bem. Dedução:
Como no meu trajeto passo por duas lojas do "méquidonis" e a que tem a praça (o Parcão) com escadinhas e uma rua que sobe(a 24 de outubro) e nesta primeira parada tem uma "estauta", foi ali que o deixei.
Tomara que o pobre coitado tenha encontrado seu destino!
É amigo!! Não é fácil...
Esta semana um rapaz meio alterado chega até a mim e diz - afirmando - (não é uma pergunta)
"_Já passou!"
Passou o que senhor?
"_Já passou minha parada... eu acho!" Olhando pra fora em todas as direções com os olhos assustadoramente esbugalhados.
_E onde o senhor tem que descer?
"_Numa parada..."
_Sim, mas onde?
"_Numa parada que tem uma 'estauta' atrás"
_Onde o senhor quer ir? Tem uma referência?
"_É uma rua que sobe e eu dobro e vou até o mercado do seu Hélio, tenho que fazer um serviço lá."
_O senhor sabe o nome da rua?
Ele continua a procurar e os olhos dão a impressão que irão saltar a qualquer momento.
"_Quando eu desço a escadinha da praça eu passo no 'méquidonis' e na rua de trás é o mercado do seu Hélio, aquele com a parede verde e as 'letra' vermelha"
Resumindo, ele foi até o final da linha sem que chegassemos num consenso. Voltamos.
Pois bem. Dedução:
Como no meu trajeto passo por duas lojas do "méquidonis" e a que tem a praça (o Parcão) com escadinhas e uma rua que sobe(a 24 de outubro) e nesta primeira parada tem uma "estauta", foi ali que o deixei.
Tomara que o pobre coitado tenha encontrado seu destino!
É amigo!! Não é fácil...
Filhas de Safo
Para evitar qualquer tipo de atrito no ambiente de trabalho devemos ser imparciais em todo tipo de questões "discutíveis" e não formar opinião para que não haja constrangimento a nenhum passageiro. Mas muitas vezes não se pode ficar indiferente e o preconceito deve ser rebatido, claro que sempre com diálogo.
Duas moças sentam-se juntas, abraçadas, trocam carícias, sem o menor sinal de salacidade, dentro do limite do que qualquer casal faria em público.
Outras duas senhoras sentadas logo atrás destas começam com olhares reprovadores e sinais para outros passageiros, sem falar nada, porém ficam crepitando sons reptos de aversão.
Percebendo isso, uma das moças olha para trás também com olhar reprovador mas não diz nada.
Acho digno a soberania do silêncio.
Após as meninas descerem uma das senhoras começa proferir:
"_Que pouca vergonha!Não se dão respeito!E tu cobrador?Porque não mandou que parassem?"
Eu apenas disse a ela que não vi nada demais, que não cabia a mim rechaçar a atitude delas, que achava o preconceito errado e que ninguém esta livre de não agradar a tudo nem a todos.(Inclusive ela, com aquelas atitudes de alcoviteira e preconceituosa)
***
Um adendo que não podia deixar passar.
Uma observação.
Tá bom!
Uma fofoca! ... mas sem preconceito...
Dias depois as mesmas moças subiram no ônibus, com um porém impossível de não me chamar a atenção: uma delas estava com o namoradO e elas sentaram-se longe uma da outra.(???)
Como diria um amigo:
"Não há o que não haja!"
Duas moças sentam-se juntas, abraçadas, trocam carícias, sem o menor sinal de salacidade, dentro do limite do que qualquer casal faria em público.
Outras duas senhoras sentadas logo atrás destas começam com olhares reprovadores e sinais para outros passageiros, sem falar nada, porém ficam crepitando sons reptos de aversão.
Percebendo isso, uma das moças olha para trás também com olhar reprovador mas não diz nada.
Acho digno a soberania do silêncio.
Após as meninas descerem uma das senhoras começa proferir:
"_Que pouca vergonha!Não se dão respeito!E tu cobrador?Porque não mandou que parassem?"
Eu apenas disse a ela que não vi nada demais, que não cabia a mim rechaçar a atitude delas, que achava o preconceito errado e que ninguém esta livre de não agradar a tudo nem a todos.(Inclusive ela, com aquelas atitudes de alcoviteira e preconceituosa)
***
Um adendo que não podia deixar passar.
Uma observação.
Tá bom!
Uma fofoca! ... mas sem preconceito...
Dias depois as mesmas moças subiram no ônibus, com um porém impossível de não me chamar a atenção: uma delas estava com o namoradO e elas sentaram-se longe uma da outra.(???)
Como diria um amigo:
"Não há o que não haja!"
sábado, 28 de agosto de 2010
Ponto de vista
"Coisa bonita, coisa gostosa, quem foi que disse que tem que ser magra pra ser formosa!..."
Não são somente os passageiros que nos proporcionam situações engraçadas a serem relatadas. No meio rodoviário como em todo ambiente de trabalho há todo tipo de pessoas e seus temperamentos, humores, manias, etc...O melhor com certeza são aqueles que "estão sempre de bem com a vida", sempre sorrindo e fazendo piadas com tudo, todos e até consigo mesmo.
Hoje ouvi na garagem uma colega contando que certa vez estava no banheiro do terminal e este estava com a fechadura quebrada. Ela já havia acabado o "serviço" ali e estava em pé para vestir-se e neste exato momento um outro colega abre a porta, ela leva um susto e ele outro maior ainda no que completamente constrangido desculpa-se. Ela sorridente apenas diz:
"_Há algum tempo atrás tu toparias com a visão do paraíso, hoje com todo esse tamanho terás que te contentar com a visão do inferno."
Na verdade e por sorte de nossa colega o outro só pode ver as coxas, e coxas, coxas mesmo, porque a camisa de seu uniforme era bem comprida, hoje, fora de uso ela fez uma barraca iglu para as crianças brincarem.
Sacanagens e brincadeiras à parte, o rei Roberto Carlos que tinha razão. Bom é ter o que e onde pegar.
Já ouvi várias opiniões de vários homens que preferem aquelas mulheres "sem frescura" e sem aquelas malditas manias de dietas e que não pode isso, não pode aquilo... Bom mesmo é aquela parceira, pra uma pizza, pra uma cervejinha no final de semana e claro, aquele suculento xis bacon.
Não são somente os passageiros que nos proporcionam situações engraçadas a serem relatadas. No meio rodoviário como em todo ambiente de trabalho há todo tipo de pessoas e seus temperamentos, humores, manias, etc...O melhor com certeza são aqueles que "estão sempre de bem com a vida", sempre sorrindo e fazendo piadas com tudo, todos e até consigo mesmo.
Hoje ouvi na garagem uma colega contando que certa vez estava no banheiro do terminal e este estava com a fechadura quebrada. Ela já havia acabado o "serviço" ali e estava em pé para vestir-se e neste exato momento um outro colega abre a porta, ela leva um susto e ele outro maior ainda no que completamente constrangido desculpa-se. Ela sorridente apenas diz:
"_Há algum tempo atrás tu toparias com a visão do paraíso, hoje com todo esse tamanho terás que te contentar com a visão do inferno."
Na verdade e por sorte de nossa colega o outro só pode ver as coxas, e coxas, coxas mesmo, porque a camisa de seu uniforme era bem comprida, hoje, fora de uso ela fez uma barraca iglu para as crianças brincarem.
Sacanagens e brincadeiras à parte, o rei Roberto Carlos que tinha razão. Bom é ter o que e onde pegar.
Já ouvi várias opiniões de vários homens que preferem aquelas mulheres "sem frescura" e sem aquelas malditas manias de dietas e que não pode isso, não pode aquilo... Bom mesmo é aquela parceira, pra uma pizza, pra uma cervejinha no final de semana e claro, aquele suculento xis bacon.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
A bolsa
A ignescência do desejo sexual muitas vezes estrapola limites...
Nesta história será preciso aliferar a imaginação pois farei uso de "meias palavras" em respeito a puerícia de muitos leitores, mas uma dica: essa é digna de uma obra de Nelson Rodrigues.
Atentem.
Meia noite. Última viagem. Carro "vazio", dois passageiros, logo adiante sobe um casal jovem, não mais que 23/24 anos cada um.
Esplim esbulhado. -graças a minha atenção e observação contínua.
No penúltimo assento o referido casal oscula-se ardentemente.
Impossível não chamar MINHA atenção; os demais passageiros dormem...
Assentos com encosto alto.
Vejo duas cabeças.Ele e ela.
Vejo uma cabeça.Ele.
Vejo duas cabeças.
Osculo.
Vejo uma cabeça.Ele.
Vejo duas cabeças.
Vejo uma cabeça.Ela.
Gemicações.
Sons plangentes porém álacres.
Duas cabeças.
Fim da viagem... A noite promete!
"O fogo original é primordial, a sexualidade levanta a chama vermelha do erotismo e esta por sua vez sustenta outra chama, azul e trêmula: a do amor." Octávio Paz
Ah! A bolsa...
Um tanto quanto irrelevante, mas preciso contar: ao descerem a moça esqueceu a bolsa com documentos, dinheiro, celular e demais pertences em baixo do banco. Soube depois que no outro dia foi a sede da empresa para buscá-la.
Nesta história será preciso aliferar a imaginação pois farei uso de "meias palavras" em respeito a puerícia de muitos leitores, mas uma dica: essa é digna de uma obra de Nelson Rodrigues.
Atentem.
Meia noite. Última viagem. Carro "vazio", dois passageiros, logo adiante sobe um casal jovem, não mais que 23/24 anos cada um.
Esplim esbulhado. -graças a minha atenção e observação contínua.
No penúltimo assento o referido casal oscula-se ardentemente.
Impossível não chamar MINHA atenção; os demais passageiros dormem...
Assentos com encosto alto.
Vejo duas cabeças.Ele e ela.
Vejo uma cabeça.Ele.
Vejo duas cabeças.
Osculo.
Vejo uma cabeça.Ele.
Vejo duas cabeças.
Vejo uma cabeça.Ela.
Gemicações.
Sons plangentes porém álacres.
Duas cabeças.
Fim da viagem... A noite promete!
"O fogo original é primordial, a sexualidade levanta a chama vermelha do erotismo e esta por sua vez sustenta outra chama, azul e trêmula: a do amor." Octávio Paz
Ah! A bolsa...
Um tanto quanto irrelevante, mas preciso contar: ao descerem a moça esqueceu a bolsa com documentos, dinheiro, celular e demais pertences em baixo do banco. Soube depois que no outro dia foi a sede da empresa para buscá-la.
domingo, 22 de agosto de 2010
"Pára_bola"
Dentre os mais variados tipos de pessoas que passam por uma linha de ônibus, a plebe, a súcia, intelectuais, estudantes, trabalhadores estão os fanáticos religiosos que aproveitam esses momentos entre um ponto e outro para impor suas prédicas aos demais passageiros.
Em um dia de verão, quente, muito quente, temos umas destas figuras em uma viagem no meio da tarde. Depois de uns cinco minutos de sermão nosso “irmão” cala-se, silêncio total, olhar parado. Seguindo a direção de seu olhar – o objeto – pelo qual o silenciou extasiando-o : uma moça belíssima com o busto quase que por completo desnudo, assim como suas pernas cobertas apenas por uma mini saia.
Como seu silêncio repentino chamou a atenção de um grande número de passageiros, um destes, sorridente e sarcástico interpela-o:
“_Escuta! Aí nesta tua bíblia não tem um mandamento que diz pra não cobiçar a mulher do próximo?”
No mesmo instante e sem dizer uma palavra nosso rubro amigo desce.
Riso geral no coletivo.
“Os olhos do Senhor estão em toda parte, contemplando os maus e os bons”
Provérbios 15,3
Em um dia de verão, quente, muito quente, temos umas destas figuras em uma viagem no meio da tarde. Depois de uns cinco minutos de sermão nosso “irmão” cala-se, silêncio total, olhar parado. Seguindo a direção de seu olhar – o objeto – pelo qual o silenciou extasiando-o : uma moça belíssima com o busto quase que por completo desnudo, assim como suas pernas cobertas apenas por uma mini saia.
Como seu silêncio repentino chamou a atenção de um grande número de passageiros, um destes, sorridente e sarcástico interpela-o:
“_Escuta! Aí nesta tua bíblia não tem um mandamento que diz pra não cobiçar a mulher do próximo?”
No mesmo instante e sem dizer uma palavra nosso rubro amigo desce.
Riso geral no coletivo.
“Os olhos do Senhor estão em toda parte, contemplando os maus e os bons”
Provérbios 15,3
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Telefone sem fio
Quem nunca brincou de telefone sem fio?! É,... essa brincadeira que fez parte de nossa infância, nos dias de hoje, com todas as tecnologias está caindo no esquecimento.
Porém reporto ao telefone sem fio pra ilustrar essa história cômica e divertida que aconteceu com dois colegas rodoviários.
Tripulação trafega na tranqüilidade até que no meio do percurso o carro “quebra”. Cobrador executa os trâmites de baldeação dos passageiros e encerramento da sequência em seu boletim. Motorista vai a um telefone público para comunicar a empresa e solicitar a troca de veículo.
Voltando junto ao cobrador o motorista pergunta-lhe intrigado:
“_Olha só, liguei pra garagem e me perguntaram se o carro é up grade, sabe me dizer se é?”
Cobrador:
“_Como assim?! Nunca ouvi falar se o carro é ou não up grade, vou ligar de novo e ver o que querem saber...
Oi! O motorista não entendeu o que perguntaram, como assim se o carro é up grade?”
“_O QUE??? (completamente admirado o colega da empresa)Eu perguntei se o carro é APD*, APD, pra eu mandar outro igual!”
Tsc... tsc... tsc... tsc...
*Adaptado para deficientes
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