sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Poseidon que me perdoe!


Diz a lenda que as sereias tem o poder de encantar o homem, não dista desta realidade, a mulher bela, exuberante, encantadora, charmosa, perfumada e feminina ao extremo peremptoriamente se faz mestra neste poder.
Sábado a tarde. Linda tarde de sol; embarca no ônibus em frente ao Parque Moinhos de Vento uma loira estonteantemente linda, pele amendoada levemente bronzeada, seus não mais que 25 anos de idade, aproximadamente 175alt, cabelos mechados louro claro/louro escuro, belos como a dona, perfeitos tal qual propaganda de shampoo; seios protuberantes e generosamente fartos e na mesma proporção: desnudos, sob uma blusa branca semi transparente deixando a perceber sua lingerie igualmente alva; um jeans justíssimo oferecia coxas grossas e torneadas visivelmente trabalhadas a exercícios e cuidados essenciais à beleza feminina haja vista as panturrilhas perfeitas desenhadas logo acima as belas canelas; uma sandália salto 10 em um pé perfeito, bem como as mãos belas e delicadamente bem cuidadas sob um esmalte vermelho impecável; o óculos escuro escondia seu olhar, mas seu sorriso de lábios rubros e carnudos iluminou o olhar de cada marmanjo que ali estavam enfastiados até aquele momento com aquela viagem de ônibus.
Poderíamos parar aqui e sermos felizes para sempre, afinal fizemos apologia às sereias, contos de fadas, e temos uma bela... Mas estamos falando de marmanjos e em uma viagem de ônibus... :
“_E aì gostosa!!”
“_Oi amorzinho, tem lugar aqui do meu lado”
“_Nossa que “belezoca”””
“_Oh! Lá em casa! Eu arrancava essa blusinha com os dentes!”
Além daqueles tradicionais e medíocres assovios.
...
Ao levantar-se para descer ouve-se as mesmas piadinhas e os mesmos sons em direção a “moça”.
A “bela” pára à porta, levanta o óculos, encara um dos rapazes, o mais “saidinho” ,e em um tom incrivelmente grave e sério diz:
“_Cala boca palhaço, se eu te pego de quatro, te faço mais mulher que eu!”
A sereia era um tritão...
O nome dele era Waldemar!!!
Ao descer, ela, além de deixar no coletivo seu perfume maravilhoso e nas mulheres um sorriso de vingança, deixou os marmanjos de queixo caído, como Amintas ao enfrentar Ninete em Tieta do Agreste, porém estes ainda tiveram mais sorte que Amintas pois após um murro no queixo ficou estendido ao chão e esta em uma atitude altiva e aparatosa os deixou apenas a indiferença...
As aparências enganam...

4 comentários:

  1. hehehehe...
    talvez por estar acostumado com este meio(aloca...)ja imaginava como terminaria esta história.
    Sinto me enojado,revoltado,e envergonhado quando presencio determinada situação,quando os homens tornam-se feras no cio,ao verem uma bela mulher.A atacam com palavras baixas e olhares fulminantes,ou em outras vezes agarram,como se a mulher fosse um objeto publico no qual tivessem liberdade de usufruir.
    Ao meu ver acho que por mais que uma mulher queira exibir ao mundo suas curvas e dotes fisicos,nenhuma delas gosta de passar por esta situação de PRESA DENTRE OS LEÕES.Somente nós homens não percebemos o quão um elogio bem colocado,um sutil olhar de interesse,são validos numa possivel conquista.
    Porém não aprovo a forma vulgar que muitas mulheres usam para se exibir,se desvalorizando se deixando levar por "modinhas",se tornando mais vulgares que uma meretriz.Pois estas mesmo expondo seus corpos e usando deles para seu sustento,sempre souberam dar-se o merecido valor.
    Só você pode demonstrar o quanto vale,e sabe como?
    Se valorizando.

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  2. e o Arthur contando essa historia, que beleza!
    bom texto!

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  3. cara,tu escreves bem.Ainda vão te descobrir. Continua escrevendo. E mantem o nível. Sem termos vulgares.
    Parabéns. Me lembraste Paulo Santana e suas observações do cotidiano. Tá, não enche demais a bola, mas vai em frente.

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  4. Boa cara! continues assim, textos polêmicos são ótimos pois causam muita revolta aos leitores e uma certa distância do tema para o escritor!

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