Sábado, 17:40hs; famílias passeando, ..., namorados, escoteiros, ..., beatas pra missa das 18hs, shopping-compras, e, pais (separados) buscando filhos para passar o domingo... Pois bem! Destes últimos trago-lhes em especial o que embarcou no ônibus com seu bebê no colo, bebê de 4meses, mini bebê, muito miúdo mesmo, e acompanhado da mãe. Não. Não a mãe do bebê, a mãe do pai do bebê, uma indignada e jovem senhora.
Como sei??!!.. Segue o diálogo entre mãe e filho. Porém... Sabe aquelas conversas que as pessoas estão “contando” o que sucede à todos mas não esperam que lhes respondam?...Uma espécie de desabafo.
Mãe alterada:
“_Passa de uma vez e cuida a cabecinha dele, olha ai! Tá muito baixa, cuidado, “alevanta”, nem parece pai, olha ai!!”
Filho assustado, amedrontado, irritado e com 13 anos.
“_Tá mãe, eu vi, tô cuidando, não precisa gritar, que saco!”
“_Saco?! Tu não tem vergonha na cara? Arruma filho com uma rapariguinha de 12 anos e me vem com: saco! Agora não pode reclamar, na hora de se engraçar com aquelazinha devia ta bom, e olha onde tu faz eu me enfiar , [a mãe refere-se ao bairro- este tem fama de perigoso na capital] aquilo é casa?”
Agora vem o “discurso” pra todos ouvirem, como se estivesse se explicando e/ou justificando:
“_Um guri que nem trabalha, como é que tu pode reclamar agora?, eu e o teu pai que vamos ter que ajudar criar essa criança, o que que é aquela casa? Pelo amor de Deus, onde tu foi me fazer um neto, onde já se viu se engraçar por uma colega do colégio e ainda engravidar, agora tu vai sim pega ele sempre que precisar, vou te ensinar mudar e fazer a mamadeira, não pensa que tu vai largar lá e sair, não senhor , vai cuidar e se chorar, tomara que chore bastante dai tu vai ver o que é bom, o que é aquela mãe da guria?, quero só ver como essa criança vai se criar naquele moquifo, tu viu onde tu foi me enfiar,por isso essa criança nasceu prematura [não vi a ligação com o local e o fato da criança ser prematura, imagino ser pelo fato da “rapariguinha” ter 12 anos] e não adianta me olhar com essa cara de cachorro sarnento, tu tem 13 anos Ricardo, 13, onde já se viu andar fazendo filho assim sem a menor responsabilidade, o que vai ser dessa criança, agora ele tá com quatro meses, quero ver quando começar a crescer, roupas, colégio, tu sabe o que é isso, nem o primeiro grau (ensino médio) tu terminou, olha a cabeça dele ai, tu vai sufocar essa criança, puxa pra cima essa toquinha, levanta, vamos descer na outra, vai, cuidado aí...”
Pelas caras e bocas e resmungos inaudíveis do menino ele já deve ter ouvido esse discurso milhares de vezes.
É.
É o preço da irresponsabilidade e (talvez) da falta de informação.
#REALIDADE
pura verdade, é tanta informação que as que de fato deveriam ser fixadas, são passada num só lance, assim como uma página da net, uma janela de ônibus.... Amei o blog, vou comentar mais...rs.
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