sexta-feira, 22 de julho de 2011

DE CARONA

Ônibus de respeito


Duas amigas estão esperando o ônibus em uma parada na Av. Ipiranga.
Uma é loira, outra morena.As duas são gostosíssimas, peitudíssimas, vestindo roupas curtíssimas.
Ao lado delas está um caipira com uma gaiola cheia de galinhas.
De repente o ônibus chega, o caipira sobe e o motorista vai logo dizendo:
— Sinto muito, mas nesse ônibus nós não permitimos galinhas!
Então a loira olhou pra morena e disse:
— Não tem problema, amiga... A gente espera outro ônibus!

Janelas X Cobrador


Se os objetos inanimados pudessem expor sentimentos e vontades, com certeza as janelas de ônibus teriam por mim uma ira descabida, pois conseguem externar do escárnio ao ódio numa tranquilidade irritante.
Certa feita estava eu trabalhando e fui cuspir pela janela logo atrás do meu assento, pois bem, correria tudo normalmente se esta estivesse aberta; meu intento travou ao dar literalmente com o nariz no vidro e minha substância “caterrogênea” escorrer pela janela  [você agora disse: Que nojo!-mas com certeza riu da minha desgraça]; foi tudo muito rápido, em questão de segundos me recompus da batida, limpei o vidro com a cortina e ainda pude verificar, graças a Deus, que nem um passageiro havia notado.
JANELA 1 X 0 ADRIANO
Já no estacionamento do terminal, ao tentar auxiliar na manobra do ônibus principalmente pelo fato de estar chovendo [atentem a chuva – as janelas sabem o que fazem] quando fui abrir a janela , sem nenhum esforço, esta estilhaçou-se, me dando um banho de cacos e, claro, de chuva...
Puxando viagem em um dia de chuva [viu?!- chuva!]; um passageiro ao subir escorrega e apoia-se na primeira janela que fica exatamente atrás do meu assento e esta “estoura”, como estávamos no meio do caminho e com o coletivo lotado fomos até o terminal normalmente, e eu, me molhando...  
Em dias de instabilidade e que a rotina por si nos tira a atenção, saímos para o intervalo... Chuva!; aham!ela mesmo, a chuva. Quando voltamos pra retomar o trabalho lá estão elas todas, todas mesmo, arregaçadas e com aquela “cara de deboche”, com os assentos todos molhados...
JANELA 4 X 0 ADRIANO
E  os dias frios!
Adivinhem qual janela se abre sozinha e traz o vento gelado bem no rosto do cobrador? Aquela lá do fundo? Não! Aquela bem ali na frente, pois para fechá-la tenho que sair do lugar, pular a roleta porque nunca tem alguém ali para fechar, até porque se tivesse ela não se abriria.
Ao recolhermos o ônibus para a garagem é parte de nossa função fechar todas as janelas e alçapões do carro para guarda-lo após o abastecimento, pois bem, todas fechadas. Será? As malditas se abrem sozinhas durante o percurso de RECOLHE e chegam à garagem com aquela mesma cara de deboche...
JANELA 6 X 0 ADRIANO
Mas decidi escrever esta história e mostrar o caráter destas ordinárias e mal feitoras criaturas quando hoje, frio, ao abrir um pouco a janela, aquela mesma , logo ali atrás de mim, minha inimiga, ela abre-se facilmente, oh!que lindo!tão querida!... porém abriu demais, ao tentar fechar de volta ela tranca, ????, e ao forçar um pouquinho essa assassina quase me arranca o dedo. Que doooooooooooor!!!
Dai obviamente lembrei  de várias outras escoriações obtidas ao tentar fechar as janelas que misteriosamente e tão facilmente abrem-se sozinhas e quando quero fechá-las estas estão tão “duras” que os pedaços de dedos ficam como prêmios para estas... estas... estas... CAMPEÃS!
E o placar só aumenta, até os carros com ar condicionado que não tem janelas muitas vezes nos constrangem quando nos pegamos tentando abrir o que não existe!
JANELA 10 X 0 ADRIANO