sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Eu me apavoro!!...

Há pais completamente alheios ao siso moral e consequentemente incapazes de passar bons costumes e normas de conduta em sociedade a seus filhos, gerando muitas vezes constrangimentos a estes.
Outro dia um pai enoooooorme de gordo prensa sua filha de aproximadamente 10 anos na catraca para passarem juntos. Não me contive. Foi muito expontâneo. E acabei proferindo: _Prefere quase "matar" a criança a pagar duas tarifas...
E este me responde: "_E daí, a filha é minha!"
Na mesma linha estão aqueles que descuidados levantam as crianças como se fossem arremessar um peso em competição e batem com a cabeça delas no balaustre no teto do coletivo para passarem-as por cima da roleta.
Um colega me contou que em um final de tarde com o carro completamente lotado, subiu uma senhora junto com supostamente duas consanguineas de mais ou menos 10 e 12 anos respectivamente e entrega-lhe R$10,00, este desconta duas tarifas já supondo que as meninas passariam juntas a roleta no que surpreende-se com a indignação da senhora dizendo que as meninas passariam por baixo. O colega explica-lhe que seria impossível pela idade e tamanho das crianças e que não permitiria. Ainda irada a senhora se nega a passar a roleta e desce pela porta dianteira, e , claro no mesmo momento o colega registra na catraca as DUAS tarifas.
Ainda na questão bons costumes estão os pais que se negam ceder o assento a idosos e/ou outro passageiro necessitado alegando ter pago a tarifa do filho. Será que eles não pretendem chegar à velhice? E o pior: que educação terá essa criança?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Esqueceram de mim

Os pais desatentos adoram me presentear com suas presepadas...
Dia quente. Carro lotado.
O motorista encosta o ônibus na parada, sobe uns, desce outros... No momento que dá partida novamente no coletivo, já com as portas fechadas ouve-se uma gritaria do lado de fora e uma senhora correndo atrás do ônibus;, Assustado, o motorista pára novamente e abre a porta dianteira e ela sobe esbaforida e começa a gritar:
“_Creiton! Creiton! Creiton!”
Neste momento olho para os passageiros e um menino de aproximadamente 8 anos, ferrado no sono, suando, de boca aberta é acordado por outra senhora batendo no vidro pelo lado de fora.
“_Creiton, tu não vai desce guri? Anda bocaberta!”
Quando o menino consegue descer a mãe tasca-lhe um cascudo e diz: “_Tu não viu que era nossa parada bocaberta?”
Quem seria mesmo “bocaberta”, a criança ou a mãe relapsa?
Outra vez estávamos no terminal bairro e depois que embarcou toda a fila e todos acomodaram-se uma senhora com cinco crianças de 3 a 11 aparentemente, começa a contar os filhos, isso mesmo, contar, um, dois, três, quatro, cinco, ..., um, dois, três, quatro, cinco, - fecha o cenho. Pausa. Grita: “_Cadê a Cláudia?”
Detalhe: Já havíamos saído do terminal e passado uma três paradas...
Ela continua gritando: “_Pára moço, pára!...Nós esquecemos a Cláudia... onde ela tava?... pára moço!nós vamo desce!!”
Oxalá tenham encontrado a Cláudia sã e salva...
Cuidando o desembarque na porta traseira. Quando não há mais ninguém pra descer aviso o motorista que feche a porta e continue. Pois bem, foi o que fiz após descer uma moça completamente despreocupada, tanto que segue caminhando tranquilamente. Quando o motorista arranca o carro, já com a porta fechada uma menininha grita: “_Mãe... mãe...” e já põe-se a chorar.
Após alguns segundos(que acredito que para uma criança esquecida seja uma eternidade)a mãe se lembra e olha para o ônibus e pega a menina que aos prantos descia os degraus da porta de saída.
E Macaulay Culkin achava ruim ser esquecido em Nova Yorque com todas as mordomias...

Idílio

Nosso cotidiano é tão rico de histórias, aprendizados, lições, basta estar atento a todos e todas as situações a volta.
Achei essa cena por demais interessante, na verdade, tocante, e a relato aqui...
Três idosos embarcaram no ônibus, um casal e uma amiga, identificam e sentam-se nos assentos dianteiros, as senhoras juntas em um lado do corredor e o senhor- Alfredo- no assento solitário em frente a porta dianteira.
Uma das senhoras, a esposa do seu Alfredo, pega uma bala na bolsa e oferece a amiga, logo após procura por outra dizendo saber que tem mais uma. O Sr. Alfredo está completamente alheio a cena e nem ouve as senhoras... Quando sua esposa abre a bala e vai pô-la na boca ele estende a mão e pede uma também, como não havia outra a senhora alcança a que tem na mão, ele pergunta se tem mais e se não houvesse que não precisava, porém ela fez questão que ele ficasse com a bala e que não havia oferecido devido sua diabetes. Por incrível que pareça era visível o desejo da senhora por aquela bala e mesmo assim abriu mão para dar ao esposo.
Pra alguns seria algo banal, sem importância. Pra mim não! Eu pude ver e sentir naquele gesto tão simples o verdadeiro amor...